Comerciantes da Ceagesp liberam avenida Gastão Vidigal após 8 horas
quarta-feira, 28 de março de 2012Os comerciantes da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) liberaram por volta das 14h20 desta quarta-feira a avenida Gastão Vidigal, na zona oeste de São Paulo, após quase oito horas de protesto. Com isso, as 16 linhas que ônibus que estavam sendo desviadas voltaram a trafegar pela via.
O bloqueio da via aconteceu em decorrência de um protesto da categoria. Inicialmente foram fechados os dois sentidos da via. A pista sentido marginal Tietê, no entanto, foi liberada ainda durante a manhã. Duas das três faixas do sentido marginal Pinheiros permaneceram bloqueadas.
O bloqueio prejudicou o trânsito da região. Às 9h, a lentidão na cidade se igualou a segunda pior no período da manhã neste ano, com 118 km de filas. Também afetaram o trânsito a chuva e alguns acidentes registrados durante a manhã.
Após o protesto, um grupo de sete representantes dos comerciantes deveriam se reunir com o presidente da companhia ainda na tarde de hoje.
A Ceagesp está aberta, mas, segundo Carlos Eduardo Haiek, presidente da Apesp (Associação dos Permissionários do Entreposto de São Paulo), o comércio e o descarregamento de mercadorias estão interrompidos devido à paralisação dos permissionários.
CEAGESP
Os cerca de 400 comerciantes da Ceagesp protestaram hoje contra o novo sistema de controle do estacionamento e da segurança do local que deverá cobrar R$ 4 por hora para utilitários e pequenos caminhões. Veículos de carga maiores pagarão R$ 5.
Os manifestantes querem garantias de que produtores e compradores de alimentos não tenham que pagar para ficar com seus caminhões ali por até quatro horas. O valor pela permanência por até dez horas chega a R$ 60.
A Ceagesp já elaborou um edital de contratação de uma empresa para gerir o novo sistema, que terá 299 câmeras e portarias automatizadas. O valor do contrato é estimado em R$ 147,6 milhões.
Para Celso Itiki, comerciante da Ceagesp, o novo sistema é necessário devido a crimes e ao abuso de caminhoneiros. “Tem caminhão sem frete que fica esperando o dia inteiro para ver se consegue uma carga.”
Ele, porém, diz que produtores e compradores não devem ser cobrados.
A Ceagesp afirma que um sistema eficiente de segurança para o estacionamento é uma exigência do Ministério Público por causa das denúncias de prostituição de adolescentes na área do entreposto.
No edital, a companhia reconhece os problemas: “Frequentemente são detectadas situações criminosas, tais como furtos, roubos, brigas, prostituição, contrabando etc.”.
O entreposto tem cerca de 1.200 comerciantes. Segundo Itiki, o objetivo do protesto é incluir no edital a isenção que reivindicam, para que ela fique garantida. De acordo com ele, a Ceagesp diz que a demanda poderá ser negociada.
A companhia afirma que não irá mudar o edital agora e confirma que haverá negociações.
Fonte: Folha.com
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