Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Prefeitura de São Paulo com o Ministério Público em 2007 determinou que a Ponte dos Remédios, na região do bairro Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, deveria ter sido reformada até fevereiro deste ano. Nesta quarta-feira (23), ao menos 15 metros da mureta da ponte caíram no Rio Tietê. Pelo TAC, a Prefeitura se comprometeu a fazer 68 obras na cidade – até agora, apenas oito foram concluídas.

O acordo prevê que as obras devem ser concluídas até 2017 – o cronograma, entretanto, previa que a intervenção na Ponte dos Remédios deveria ter ficado pronta em fevereiro. Com o não cumprimento dos prazos, a Promotoria de Habitação e Urbanismo notificou a Prefeitura.

Depois do acidente, que deixou a ponte totalmente interditada até a tarde de quarta, técnicos da Prefeitura estão elaborando um laudo para determinar as causas do acidente. Uma empresa foi contratada em regime de emergência pela Prefeitura para fazer a manutenção na ponte, mas o engenheiro responsável pela obra, Rogério Achcar, diz que o trabalho só irá começar depois que documento estiver pronto – o que deve acontecer em uma semana. “O laudo é o primeiro diagnóstico do que ocorreu e vai indicar um projeto executivo de recuperação estrutural das lajes do passeio.”

A reportagem do jornal SPTV procurou a Prefeitura para comentar o assunto, mas foi informada que a única pessoa que poderia falar seria o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Elton Santa Fé, que teve um compromisso e não conseguiu dar uma entrevista durante a manhã.

Trânsito
Mesmo com parte da ponte liberada, o trânsito na região continua complicado. A companhia informou que enquanto a segunda pista não for totalmente liberada, a ponte funcionará em um esquema especial. De segunda a sexta-feira, das 6h até as 9h, a ponte funcionará apenas no sentido São Paulo. Das 16h até as 20h, o tráfego na via será somente no sentido Osasco. Nos demais horários e aos finais de semana, a ponte funcionará com faixa reversível, operando nos dois sentidos.

Como alternativa, os motoristas que vierem de Osasco poderão utilizar a Avenida dos Remédios, Rua Antônio Ayrosa, avenidas Cândido Portinari, Manoel Monteiro de Araújo, Alexandre Colares, Ponte Atílio Fontana, ruas Monte Pascal, Barão de Itaúna, Monte Pascal, Avenida Imperatriz Leopoldina, Rua Xavier Kraus e Avenida Doutor Gastão Vidigal.

Quem passa pela ponte acredita que o transtorno poderia ser evitado se a Prefeitura tivesse feito a manutenção. “A gente sente estremecer. Se aconteceu isso, a gente vai ficar com mais medo ainda”, diz a doméstica Maria Moreira.

Fonte: G1